SÍNDROME DE BURNOUT
O ritmo frenético que caracteriza a vida cotidiana da imensa maioria dos habitantes das grandes metrópoles, impõe muitos desafios às pessoas que se vêem inseridas e envolvidas nos mais diversos segmentos da sociedade com suas responsabilidades inerentes. Seja no contexto familiar e, principalmente, no universo profissional, os indivíduos estão sempre submetidos a situações de pressão e envolvimento, onde a carga emocional e o dispêndio de energias são levados à exaustão, atingindo níveis que ultrapassam os limites do razoável.
O excesso de atividades e as inúmeras possibilidades e atrativos da vida moderna nos levam quase que invariavelmente a elevados graus de estresse, que afetam a nossa sanidade mental e comprometem o equilíbrio e a boa administração do campo das emoções. E isso tende a desencadear quadros de distúrbios psíquicos e emocionais, com reflexos de indisposição física, que tem acometido um grande número de pessoas e caracterizado um fenômeno contemporâneo e cada vez mais comum conhecido como Síndrome de Burnout.
Esse quadro tem características sintomáticas bem patentes. São elas:
- Falta de motivação.
- Sensação de esgotamento físico e mental
- Vontade de se isolar de tudo e de todos.
- Pessimismo em excesso.
- Irritabilidade e ansiedade
- Dificuldade de se concentrar.
Soma -se a isso frequentes dores de cabeça e nas costas, fraqueza, instabilidade no humor, lapsos de memória e insônia.
A título de informação, a expressão Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Nervoso, tem por origem a fusão de dois vocábulos em inglês: “burn”, que em português significa “queimar”, e “out”, cujo significado é “fora”, que, na tradução literal quer dizer “queimar por fora”, ou, numa compreensão mais conotativa, “queimar por completo”.
Esse estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental impulsiona uma sobrecarga no indivíduo, que o torna incapaz de atender satisfatoriamente as demandas contínuas de suas funções no trabalho.
Busque grupos de apoio e intensificar contatos com amigos de confiança;
Apesar de reconhecer que o estresse é um padrão quase que natural da vida cotidiana, pelo acúmulo de tarefas e responsabilidades a que estamos envolvidos, é preciso um nível de atenção e vigilância constante, para identificar quando esse estresse se torna nocivo e insalubre. Nesse particular, em exemplos práticos do cotidiano, é frequente testemunhar profissionais que chegaram a abandonar a própria profissão ou se afastaram de suas rotinas por estarem à beira de um colapso. E há aqueles que, apesar de reconhecerem esses sintomas, demonstram relutância em procurar assistência, por enxergar um clima de normalidade relativa ao inerente estado de coisas de sua ocupação.
É possível verificar que, além do universo corporativo, a Síndrome de Burnout é também bastante identificada na área docente, num percentual mais elevado em relação às outras profissões.
A triste realidade com que os profissionais da educação se deparam, principalmente no Brasil, são fatores determinantes para desencadear a Síndrome. Muitos são os problemas na relação com os alunos, causada pela desestruturação da maioria das famílias, o que resulta, muitas vezes, num ambiente de trabalho desafiante, extenuante e, também, consideravelmente hostil.
Considera-se que há muito o que ser aperfeiçoado no ambiente escolar e nas empresas, para que os profissionais acometidos por essa patologia desempenhem seu trabalho no equilíbrio de suas faculdades, mas, de um modo geral, é possível pensar em estratégias para diminuir a influência dos agentes causadores do estresse dentro da própria rotina de trabalho.
Os estudiosos do tema oferecem alguns elementos para se ampliar a percepção desses agentes e lançar mão de certas estratégias, na busca de um padrão mais equilibrado e constante. Dentre elas, podemos destacar:
- A iniciativa em procurar ajuda médica e psicológica; o problema não pode ser ignorado.
- Estabelecer e organizar prioridades para que as tarefas fiquem mais diluídas no dia a dia, e, assim, mais viáveis para serem executadas de modo satisfatório.
- Organizar a rotina de maneira que sempre haja tempo para atividades de lazer, de modo que ocupem o mesmo grau de importância das demais obrigações;
- Empreender uma rotina de exercícios físicos, algo que traga movimento e/ou atividade prazerosa durante o dia;
- Cultivar hobbies, atividades leves e estimulantes;
- Estar atento à alimentação adequada e ao sono regular;
- Buscar grupos de apoio e intensificar contatos com amigos de confiança;
- Reservar dias para se desligar das atividades profissionais após a volta para a casa;
- Não exigir perfeição de si mesmo;
- Fazer planos que não sejam exclusivamente relativos ao trabalho.
Cultive hobbies, atividades leves e estimulantes
Face aos desafios e implicações de todas as nossas relações interpessoais, é imprescindível se atentar a esses elementos na busca de uma vida mais equilibrada, próspera e feliz.