Pesquisas recentes têm revelado um aumento preocupante nos índices de depressão entre os jovens. Um estudo publicado pela CNN Brasil em 2021 apontou que os casos de depressão e ansiedade dobraram durante a pandemia, afetando significativamente a saúde mental dessa faixa etária
Além disso, dados do IBGE indicam que, em 2019, 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais receberam diagnóstico de depressão, um aumento em relação aos 7,6% registrados em 2013.
Especialistas atribuem esse crescimento a diversos fatores, como o isolamento social imposto pela pandemia, o uso excessivo de redes sociais e a pressão por desempenho acadêmico e profissional. A psicóloga Ana Beatriz Barbosa Silva destaca que “a exposição constante a padrões irreais nas redes sociais pode gerar sentimentos de inadequação e baixa autoestima nos jovens”. Além disso, a falta de suporte emocional e a dificuldade em lidar com frustrações contribuem para o agravamento do quadro depressivo.
Para combater e prevenir a depressão entre os jovens, é fundamental promover ambientes de apoio e compreensão. A comunicação aberta entre pais e filhos permite que os jovens se sintam acolhidos e seguros para expressar suas emoções. A psicoterapeuta Maria Helena Pereira recomenda “incentivar atividades que promovam o bem-estar, como exercícios físicos, hobbies e momentos de lazer em família”. Além disso, é importante estar atento a sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento e desinteresse por atividades antes prazerosas.
A escola também desempenha um papel crucial na identificação e apoio aos jovens em risco. Programas de conscientização sobre saúde mental, treinamentos para educadores e a disponibilização de serviços de aconselhamento podem fazer a diferença na vida dos estudantes. A colaboração entre família, escola e profissionais de saúde é essencial para criar uma rede de suporte eficaz, capaz de prevenir e tratar a depressão entre os jovens, garantindo que essa geração tenha um futuro mais saudável e feliz.